O prefeito Valderico Júnior, conhecido carinhosamente como “Riquinho”, vive dizendo nas redes sociais que a prefeitura está falida, atolada em dívidas e com um rombo bilionário herdado de gestões passadas. Mas, contraditoriamente, acaba de enviar à Câmara um projeto de lei pedindo autorização para doar R$ 26,4 milhões às empresas de ônibus — as mesmas que prestam um dos piores serviços da cidade.
A proposta prevê repasse mensal da diferença entre o que os usuários pagam na catraca e o custo operacional do sistema — tudo bancado com dinheiro público. E o mais alarmante: esse subsídio pode ser prorrogado por tempo indeterminado, via decreto, sem nova votação.
Enquanto isso, Ilhéus enfrenta ruas esburacadas, escolas sucateadas e postos de saúde abandonados. Mas para as empresas de ônibus, que vivem falhando com a população, sobra generosidade.
Se a prefeitura está quebrada, como vive repetindo o próprio prefeito, de onde saem esses milhões? E por que não investir esse dinheiro na criação de uma empresa pública de transporte, com controle e transparência?
Tudo isso acontece enquanto tentam empurrar para o centro das atenções um pedido de cassação contra Tandick Resende, que mais parece uma encenação barata — uma cortina de fumaça para tirar o foco do que realmente importa.
Isso explica a rejeição que já beira os 50% — e o arrependimento de quem votou.
Redator Chefe : David Reis - Novas Notícias.