Segundo dados oficiais do TSE, a Check List Comunicação forneceu R$ 111.071,61 em publicidade por materiais impressos à campanha de Valderico, como pode ser verificado no site do DivulgaCand:
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https://divulgacandcontas.tse.jus.br/divulga/#/candidato/NORDESTE/BA/2045202024/50002063291/2024/35734
Não para por aí.
A mesma empresa foi a maior fornecedora da campanha de reeleição do atual prefeito de Salvador, Bruno Reis (União Brasil), com um valor que impressiona: R$ 4.710.212,30 em materiais gráficos, adesivos, perfurados, “big hands” e outros itens eleitorais:
🔗 https://divulgacandcontas.tse.jus.br/divulga/#/candidato/NORDESTE/BA/2045202024/50001907549/2024/38490
Outro nome que chama atenção é o da empresa Coelho Serviços e Auditoria Ltda (CNPJ: 41.796.314/0001-20), também fornecedora de peso da campanha de Valderico. O proprietário? Caio Garcia Pinto Coelho, que foi nomeado como Chefe de Gabinete da Prefeitura de Ilhéus logo após a posse do atual prefeito. Coincidência?
E a coincidência mais curiosa...
Agora, aparece no sistema da Prefeitura de Ilhéus um novo contrato milionário com uma empresa chamada Check List Construções e Locações Ltda (CNPJ: 09.048.076/0001-61) — que, apesar de nome e endereço semelhantes, atua no ramo de locação de veículos.
O contrato prevê a locação de veículos leves, com ou sem motoristas, com quilometragem livre, conforme a nova Lei de Licitações (Lei 14.133/2021). Seria só mais um contrato se não fosse por um detalhe: essa empresa tem o mesmo endereço da fornecedora da campanha de Bruno Reis, conforme revelado em matérias investigativas:
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🔗 Empresas ligadas a aliados de ACM Neto faturam R$ 715 milhões em Salvador – Folha
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🔗 Empresa de publicidade fecha três contratos milionários em um único dia com a prefeitura
Sinais de fumaça?
É no mínimo curioso — para não dizer alarmante — que a maior fornecedora de campanha do atual prefeito venha a ganhar contratos com a prefeitura, diretamente ou por meio de empresas de nome e endereço similares. Soma-se a isso a nomeação de um dos maiores fornecedores da campanha para cargo estratégico na gestão.
Tudo isso levanta uma pergunta inevitável:
A máquina pública está sendo usada para retribuir favores de campanha?
Se Ministério Público, Polícia Federal e Tribunais de Contas fizerem uma investigação minuciosa, o que encontrarão?
Será que estamos diante de uma nova Operação Overclean, como ocorreu recentemente?
A julgar pelas conexões reveladas, onde há fumaça, pode haver fogo.