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Jurisprudência do STF e a tarifa de esgoto em Ilhéus: a impropriedade jurídica da nota da Embasa

Por Jerbson Moraes

A nota recentemente divulgada pela Empresa Baiana de Águas e Saneamento S.A. (Embasa), segundo a qual inexistiria decisão do Supremo Tribunal Federal aplicável à tarifa de esgoto no Município de Ilhéus, revela leitura juridicamente restritiva, incompleta e tecnicamente equivocada da jurisprudência constitucional consolidada pela Suprema Corte. Sob o verniz de linguagem institucional, a manifestação da concessionária incorre em equívocos graves: confunde ausência de decisão específica no processo local com inexistência de precedente constitucional vinculante e minimiza, de forma deliberada, o alcance jurídico do julgamento proferido no ARE nº 1.542.507/BA, de relatoria do Ministro Luiz Fux.

É formalmente correto afirmar que o STF ainda não proferiu decisão específica no processo que tramita em Ilhéus. Contudo, é juridicamente incorreto sustentar que isso afaste a incidência da jurisprudência constitucional já firmada. O papel do Supremo Tribunal Federal, enquanto Corte Constitucional, não se esgota na solução de casos individuais: sua função precípua reside na fixação da interpretação última da Constituição. Decisões como a proferida no ARE 1.542.507/BA irradiam efeitos normativos, orientando a atuação do Poder Judiciário e da Administração Pública em casos materialmente idênticos. A exigência de "notificação" da concessionária para reconhecimento da força do precedente carece de qualquer amparo jurídico. Precedentes constitucionais não dependem de intimação administrativa para produzir efeitos; integram o sistema normativo e vinculam todos os agentes públicos — inclusive concessionárias de serviços públicos.

A Embasa sustenta, ainda, que o STF teria se limitado a examinar questão formal relacionada à legitimidade ativa de associação de consumidores, sem adentrar o mérito da constitucionalidade da lei municipal. Tal leitura não resiste ao escrutínio da dogmática processual constitucional. Ao negar seguimento ao recurso extraordinário, o STF afirmou expressamente que a controvérsia não possuía estatura constitucional — o que significa, em termos técnicos, que não foi identificada violação direta à Constituição na legislação municipal impugnada. No sistema brasileiro de controle jurisdicional, a negativa de seguimento não equivale a neutralidade quanto ao mérito. Ao contrário: preserva integralmente a eficácia da lei questionada e afasta, de modo definitivo, a tese de inconstitucionalidade sustentada pela parte recorrente. Não existe, no direito constitucional brasileiro, a figura da "lei inconstitucional por convicção da concessionária".

A tentativa de isolar o caso de Feira de Santana ignora a identidade material entre as legislações. A Lei Municipal nº 326/2016 (Feira de Santana) e a Lei Municipal nº 4.112/2021 (Ilhéus) possuem conteúdo normativo substancialmente idêntico: ambas limitam a tarifa de esgotamento sanitário ao percentual máximo de 40% do valor da conta de água. A controvérsia constitucional é rigorosamente a mesma: a possibilidade de o Município, à luz do art. 30, incisos I e V, da Constituição Federal, legislar sobre critérios tarifários de serviço público de interesse local. Nessas circunstâncias, a ratio decidendi firmada pelo STF deve ser aplicada de forma coerente, sob pena de violação aos princípios da segurança jurídica, da isonomia e da estabilidade jurisprudencial consagrada no art. 926 do Código de Processo Civil.

Quanto ao argumento de que a redução da tarifa comprometeria a prestação e a expansão do serviço, com impactos negativos à saúde pública e ao desenvolvimento socioeconômico, trata-se de tese recorrente, porém juridicamente insuficiente. O Supremo Tribunal Federal tem reiteradamente afirmado que o equilíbrio econômico-financeiro do contrato de concessão não autoriza o descumprimento da lei. Eventual desequilíbrio deve ser solucionado pelos instrumentos próprios do direito administrativo — revisão contratual, recomposição tarifária mediante procedimento regular — e jamais pela imposição unilateral de tarifas em desacordo com a legislação municipal vigente. O princípio da modicidade tarifária, insculpido no art. 6º, §1º, da Lei nº 8.987/1995, constitui limite material à exploração econômica do serviço público, indissociável da proteção do consumidor e do acesso universal ao serviço essencial.

Por fim, ao afirmar que o cumprimento de eventual decisão dependeria do trânsito em julgado no processo local, a Embasa confunde planos jurídicos distintos. O que depende de trânsito em julgado é a execução de decisão específica naquele processo; o precedente constitucional, diversamente, já se encontra consolidado. A Administração Pública e suas concessionárias têm o dever de conformar sua atuação à interpretação constitucional firmada pelo STF, independentemente da repetição formal do julgamento em cada município. A persistência na cobrança da tarifa no patamar de 80%, diante de jurisprudência constitucional consolidada em sentido contrário, expõe a concessionária a riscos jurídicos relevantes — inclusive quanto à restituição de valores cobrados indevidamente.

A nota divulgada pela Embasa não resiste a uma análise jurídica minimamente rigorosa. Ao minimizar o alcance da decisão do STF e insistir em argumentos já superados pela jurisprudência constitucional, a concessionária adota postura que tensiona os princípios da legalidade, da modicidade tarifária e da autonomia municipal. O precedente firmado no ARE 1.542.507/BA fortalece de maneira inequívoca a constitucionalidade da Lei Municipal nº 4.112/2021 de Ilhéus, reduzindo significativamente o espaço de controvérsia jurídica e impondo à concessionária o dever de adequação à ordem constitucional vigente.

Mais do que um debate tarifário, trata-se da reafirmação do papel do Município como ente federativo legítimo na regulação de serviços públicos essenciais — e da função do STF como guardião da Constituição frente a resistências administrativas incompatíveis com o Estado Democrático de Direito.


Presidente do PT de Ilhéus, Camile Maltez parabeniza Josias Gomes por aprovação unânime na CCJ da ALBA


 Nesta terça-feira (16/12), o deputado federal Josias Gomes teve seu nome aprovado por unanimidade na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa do Estado da Bahia (ALBA), em indicação feita pelo governador Jerônimo Rodrigues. A indicação será apreciada pelo Plenário da ALBA nesta quarta-feira.

Josias Gomes chega a mais uma etapa de sua trajetória pública mantendo-se fiel às suas origens. De origem simples, nunca se afastou do povo e sempre fez da política um espaço de escuta, acolhimento, respeito e construção coletiva.

Reconhecido por sua atuação humana e sensível, o deputado valoriza cada história, trata todas as pessoas com igualdade e dignidade, e reafirma diariamente que a política só faz sentido quando serve para transformar a vida de quem mais precisa.

A aprovação foi recebida com reconhecimento e celebração por sua trajetória marcada pela seriedade, compromisso e dedicação ao serviço público. ✊❤️

Adélia Pinheiro visita comunidade do Japu e dialoga sobre fortalecimento da agroindústria local

Nessa terça-feira (16), a ex-secretária de Estado das pastas de Ciência, Tecnologia e Inovação, Educação e Saúde, ex-reitora da Uesc por dois mandatos, professora e médica Adélia Pinheiro (PT) esteve em visita à comunidade do Japu, onde participou de um diálogo com moradores da região.

O encontro teve como foco a agroindústria, abordando a importância do fortalecimento da produção local, da agregação de valor aos produtos da agricultura familiar e das oportunidades de desenvolvimento econômico sustentável para a comunidade. Durante a conversa, Adélia ouviu as demandas dos moradores e destacou a necessidade de políticas públicas que incentivem a organização produtiva e a geração de renda no campo.

Crise institucional na Fecomércio ganha novo capítulo

Em seus 78 anos de existência, a principal crise institucional da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado da Bahia (Fecomércio) acaba de ganhar um novo capítulo envolvendo o diretor da entidade José Loyola Neto. Recentemente, afastado por está sendo investigado em inquérito policial, instaurado pela 16ª DP Salvador, de possível fraude eleitoral, na qual existem acusações de supostos crimes de falsificação de documentos, falsidade ideológica e associação criminosa. Agora, o diretor figura associado às doações do Natal Solidário. 


A campanha Natal Solidário envolve toda a sociedade em uma grande rede de solidariedade. As doações podem ser feitas em produtos ou em dinheiro, por meio de chave PIX, em nome do Instituto Liga do Bem. Um dos fundadores desta entidade é Loyola Neto, o mesmo que está no centro das denúncias anteriores. Ele, atualmente, é Conselheiro Fiscal da Liga do Bem. No site e nas redes sociais da Fecomércio, tanto o QRcode, quanto a chave pix: ligadobem2025@gmail.com disponibilizados pertencem ao Instituto.


Com a proximidade dos festejos, a expectativa é que o Natal Solidário, coordenado por Cássia Fernandes, esposa do presidente da Fecomércio, e todos os envolvidos sejam tocados pelo espírito natalino e deem as explicações ao empresários do setor e a toda sociedade civil baiana envolvida nesta campanha.

Representantes dos blocos tradicionais reúnem- se para alinhamento sobre a 45ª Lavagem do Beco do Fuxico

Na manhã da sexta-feira passada, dia 12, o Teatro Municipal Candinha Dória recebeu representantes dos blocos carnavalescos tradicionais de Itabuna para um encontro de alinhamento sobre a 45ª edição da Lavagem do Beco do Fuxico, um dos eventos mais emblemáticos e reconhecidos festejos da cultura popular itabunense.

O encontro com o presidente da Fundação Itabunense de Cultura e Cidadania (FICC), Aldo Rebouças, e dirigentes teve como objetivo discutir a organização geral do cortejo, incluindo a ordem dos blocos, ajustes estruturais e detalhes operacionais que garantirão a fluidez, a segurança e o brilho da festa.

Além das pautas práticas, a reunião também reforçou a importância cultural da Lavagem, que há décadas movimenta a cidade e fortalece as tradições do Carnaval de Itabuna.

A edição deste ano marcou um momento histórico: pela primeira vez, após 44 edições, a gestão municipal realizou o fomento direto aos blocos carnavalescos, por meio de um edital específico, assegurando apoio financeiro e estrutural às agremiações responsáveis por manter viva essa tradição.

A iniciativa reafirma o compromisso da gestão do prefeito Augusto Castro (PSD) com a valorização da cultura local, o fortalecimento das manifestações populares e a democratização do acesso ao carnaval itabunense.

Participaram do encontro na sexta-feira passada representantes dos seguintes blocos e entidades: Lula Palmeira (Tabocas Rock), Egnaldo (Encantarte, com participação online), Caçolinha (Maria Rosa), Tadeu (Casados I… Responsáveis e Bloco Ouro) e Pai Gildo, representando as baianas do cortejo afro.

Com diálogo aberto e planejamento integrado, a expectativa é de que a 45ª Lavagem do Beco do Fuxico 2026 seja uma das edições mais organizadas, participativas e significativas dos últimos anos, celebrando a história, a identidade e a energia do povo de Itabuna.

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Base do Governo Jerônimo reforça unidade política em Ilhéus e articula estratégias para 2026

 

Ilhéus, 15 de dezembro de 2025 – Os partidos que integram a base de apoio ao Governo do Estado da Bahia participaram, nesta segunda-feira (15), de um almoço de confraternização em Ilhéus. O encontro teve como objetivo fortalecer a unidade política no município e articular estratégias para as campanhas majoritárias de 2026, que envolvem as reeleições do governador Jerônimo Rodrigues e do presidente Lula.


A atividade reuniu dirigentes e lideranças do campo progressista, reafirmando o alinhamento em torno do projeto político do Governo Estadual, sob gestões do PT, responsável pelos maiores investimentos da história de Ilhéus. As ações contemplam áreas estratégicas como infraestrutura, saúde, educação, mobilidade urbana e desenvolvimento regional.


Estiveram presentes a presidenta do Partido dos Trabalhadores (PT), Camile Maltez, e o vice-presidente Jorge Guerrieri; o ex-presidente do PT e articulador político Ednei Mendonça; o presidente do PDT, Augustão; a vice-presidenta do PCdoB, Cris Joia; o ex-vereador e liderança tupinambá Cláudio Magalhães; o ex-presidente da Câmara Municipal e dirigente do Solidariedade, Jerbson Moraes; o presidente do PV, Rogério Matos; o presidente do PSB, Diego Messias; o vice-presidente do PSD, Gabriel Bittencourt; o presidente do Avante, Renilson Soares; o presidente do Agir, Jorge Farias; além da liderança Fred Vésper.


De forma consensual, os dirigentes ressaltaram a importância da unidade política, do diálogo permanente e da defesa das políticas públicas sociais como pilares para o fortalecimento da democracia e para a construção de uma agenda conectada às demandas da população ilheense.


Para a presidenta do PT, Camile Maltez, o encontro consolida uma construção política iniciada em 2024. “Este é o resultado coletivo do nosso compromisso com Ilhéus. O Governo do Estado realizou os maiores investimentos da história do município, e isso não é obra do acaso, mas de um projeto político que olha para o povo e compreende as necessidades do território”, destacou.


“A unidade dos partidos progressistas em Ilhéus é fundamental para defender esse projeto, ampliar conquistas e enfrentar os desafios de 2026 com soluções concretas”, afirmou Maltez.


Yordan Bosco (MTB 2992)

(71) 99133-7282

Agricultura familiar reafirma seu protagonismo e movimenta economia em evento no Parque Costa Azul, em Salvador


Durante cinco dias, a 16ª Feira Baiana da Agricultura Familiar e Economia Solidária (Febafes) tomou conta do Parque Costa Azul, em Salvador, e virou ponto de encontro entre quem produz no campo e quem consome na cidade. Considerada o maior evento de comercialização da agricultura familiar do Brasil, a Febafes começou na última quarta-feira (10) e segue movimentando o espaço até este domingo (14), dia em que recebeu a visita do governador Jerônimo Rodrigues, que conferiu de perto os estandes e dialogou com expositores.

A expectativa é que cerca de 80 mil pessoas tenham visitado o evento ao longo dos cinco dias, reforçando a importância da agricultura familiar para a economia e para a mesa dos baianos. Ao todo, cerca de 700 expositores, representando mais de 650 empreendimentos dos 27 Territórios de Identidade da Bahia, ocupam mais de 150 estandes, com exposição de 10 mil produtos.

Acompanhado da primeira-dama, Tatiana Velloso, e de secretários e dirigentes de órgãos estaduais, Jerônimo destacou a força do evento.  “É uma agenda fundamental para gerar renda, manter a população produtiva no campo e fortalecer um mercado de alimentos de qualidade”, destacou o governador.

A feira
O público encontrou uma diversidade que vai de alimentos e bebidas a artesanato e produtos agroecológicos, além de expressões culturais e saberes tradicionais que chegam diretamente do campo à capital. As tendas Indígena e quilombola também ganham destaque, mostrando a força cultural e produtiva das comunidades tradicionais.

“Durante a Feira é possível comprar e também fazer negócios. Reflexo de uma política pública que garante dignidade ao homem e à mulher do campo, gera renda e assegura à população alimentos saudáveis, em sintonia com a sustentabilidade”, afirmou o secretário de Desenvolvimento Rural, Osni Cardoso.

O público celebrou o evento e reforçou o valor da iniciativa para as famílias produtoras baianas. A pedagoga Thaise Oliveira destacou o papel dos agricultores no cotidiano da população. “A agricultura familiar faz parte do nosso dia a dia. São eles que colocam na nossa mesa uma alimentação de qualidade, por isso precisam ser cada vez mais valorizados”, disse.

Já os expositores ressaltaram a visibilidade e as oportunidades geradas pelo evento. Apicultora de Euclides da Cunha, Dona Neide Alves celebrou a participação. “Estar aqui é um privilégio e uma valorização do nosso trabalho. Produzimos alimentos de qualidade, que geram renda e são os mesmos que consumimos em casa. Por isso, fazemos sempre o melhor”, contou.

Caminho da Roça e programação
Entre as novidades desta edição está o espaço Caminho da Roça, que estreou com seis ambientes temáticos dedicados a cadeias produtivas estratégicas da Bahia: mel, café, mandioca, cacau, queijo e caprinos/ovinos, além do espaço Flores da Bahia. A feira conta ainda com 26 restaurantes distribuídos em praças gastronômicas.

A programação incluiu a 3ª Feira de Produtos Orgânicos e Agroecológicos Certificados, atividades formativas, seminários, encontros temáticos, rodadas de negócios e lançamentos de projetos voltados ao fortalecimento da agricultura familiar e da economia solidária.

Com aplicação de recursos da ordem de R$8 milhões, a Febafes é realizada pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Rural do Estado da Bahia (SDR) e da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR). O evento conta com parcerias do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) e da Unicafes Bahia, além do apoio da Apex Brasil, Bahia Sem Fome, Fundação Luís Eduardo Magalhães (FLEM) e Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado (Conder).

Para o secretário de Relações Institucionais, Adolpho Loyola, a Febafes evidencia o avanço da agricultura familiar baiana em uma perspectiva mais ampla de desenvolvimento. Segundo ele, o fortalecimento do setor passa não apenas pela produção, mas também pela agregação de valor.

“A feira mostra que a agricultura familiar da Bahia avança para além da produção primária, com investimentos na industrialização e na geração de riqueza. Esse modelo amplia oportunidades e consolida um setor cada vez mais integrado à economia do estado”, avaliou.

Repórter: Anderson Oliveira/GOVBA

Foto: Joá Souza/GOVBA

Jonilson Souza solicita patrolamento das ruas de Ponta da Tulha e Mamoã ao deputado Pedro Tavares e ao Prefeito Valderico Jr

 

Nessa segunda-feira (15), o suplente de vereador Jonilson Souza solicitou ao deputado estadual Pedro Tavares o patrolamento das ruas de Ponta da Tulha e Mamõa.

A solicitação tem como objetivo atender às reivindicações dos moradores da localidade, que relatam dificuldades de mobilidade devido às condições das vias, especialmente em períodos de chuva. O patrolamento é visto como uma medida importante para melhorar o tráfego, garantir mais segurança e facilitar o deslocamento de quem vive e circula na região.

Jonilson destacou que a iniciativa busca dar visibilidade às demandas da comunidade e reforçar a necessidade de ações que contribuam para a melhoria da infraestrutura urbana de Ponta da Tulha e Mamõa.

O deputado estadual Pedro Tavares ressaltou a importância da solicitação apresentada por Jonilson Souza e elogiou sua atuação como liderança comunitária. Segundo o parlamentar, “tenho certeza de que o prefeito Valderico Jr., que tem tido uma atuação destacada e compromisso com a cidade, terá um olhar atencioso sobre essa demanda”, demonstrando confiança na sensibilidade do gestor municipal em relação às necessidades de Ponta da Tulha e Mamoã.

Ascom Jonilson Souza

Prefeitura prossegue com a recuperação da malha viária em diversas localidades de Itabuna

A Prefeitura de Itabuna, através da Superintendência de Serviços Públicos da Secretaria de Infraestrutura e Urbanismo (SIURB), prossegue com os serviços para execução dos serviços de recuperação da malha viária urbana em diversas localidades.

Nesta sexta-feira, dia 12, equipes de servidores da Superintendência realizam a recuperação do entorno da Praça Antonino Queiroz e da Rua São Sebastião, no Bairro de Fátima. Na quinta-feira, dia 11, os serviços foram executados na Rua João Batista, no Santo Antônio.

Segundo o superintendente de Serviços Públicos, Francisco de Sousa Lino Filho, as atividades de recuperação da malha viária urbana são diárias. Além disso, a Prefeitura busca atender às principais demandas da população, a exemplo de terraplanagem, cascalhamento e compactação de ruas e estradas vicinais, limpeza de canais e de redes de drenagem, dentre outros serviços.

A Prefeitura de Itabuna, através da Superintendência de Serviços Públicos, pede a cooperação de comerciantes, particularmente da Avenida José Soares Pinheiro, para a manutenção da limpeza da cidade.

A coleta domiciliar de resíduos sólidos acontece de segunda-feira a sábado por meio de caminhões-compactadores da empresa Biosanear, o que não justifica o descarte irregular em canteiros das vias públicas.

Legenda: Prefeitura prossegue com a recuperação da malha viária em diversas localidades de Itabuna -Fotos Divulgação

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Palco ou Cidade?

Quando o aplauso substitui a cobrança, a vitrine cresce e a cidade encolhe

“Todo poder emana do povo.” A frase é conhecida, repetida, quase automática. Está na Constituição, nos discursos e nos slogans de campanha. O problema nunca foi a frase. O problema é o esquecimento diário do que ela exige.


Ilhéus vive um tempo de redução territorial, ao menos, dentro do planejamento municipal e na distribuição das políticas públicas. Enquanto o centro e os bairros nobres geram imagens bonitas para as redes sociais, a vida real fica cada vez mais distante dessa “realidade”. Enquanto a Soares Lopes, a Cidade Nova e outros se apresentam bonitos, iluminados, cheio de sorrisos, nos rincões do Teotônio Vilela, no Nossa Senhora da Vitória, lá no meu querido Banco do Pedro, essa lógica se inverte e fica cada dia mais difícil de reconhecer esse retrato. A vida real mesmo é daquelas que enfrentam filas, buracos, insegurança, serviços precários e um poder público distante. A lógica da vitrine parece confortável para quem governa. A cidade vira cenário, enquanto a população aprende a sobreviver nos bastidores.


Praças maquiadas, eventos caros, shows que rendem postagem e aplauso, soluções cosméticas que não alcançam o cotidiano e radares, muitos radares por todos os lados. Enquanto isso, escolas, estradas vicinais, serviços básicos e trabalhadores públicos seguem enfrentando abandono, improviso e desvalorização. Não se trata de metáfora nem de exagero. Trata-se de uma rotina que muita gente conhece bem, ainda que nem sempre verbalize.


E aqui começa a parte mais delicada dessa conversa. Porque gestões ineficientes não se sustentam apenas por vaidade, despreparo ou propaganda bem feita. Elas também se sustentam quando encontram uma população cansada, excessivamente tolerante ou resignada. Quando a crítica vira conformismo. Quando a indignação se dissolve em comentários rápidos e morre no próximo assunto do dia.


Vale a pena ser uma população pacata que aplaude a iluminação da vitrine enquanto a casa cai por dentro? Vale a pena celebrar fachadas arrumadas quando o básico segue sendo promessa recorrente? O silêncio costuma ser a resposta. E silêncio, em política, quase nunca é neutro.


Existe uma força frequentemente subestimada na participação popular. Não a participação barulhenta e vazia, nem o ataque sem proposta, mas a crítica consciente, informada e persistente. Aquela que pergunta, cobra, acompanha e não se satisfaz com respostas genéricas. A mudança real no cotidiano de um município não nasce da boa vontade de um gestor. Nasce da pressão contínua de quem entende que política não é favor, é obrigação.


Talvez seja preciso dizer sem rodeios. Não existem políticos de estimação. Não existem gestões que mereçam blindagem emocional. Representantes eleitos não fazem caridade, não distribuem bondade, não “ajudam” a cidade. Eles trabalham para ela. Recebem para isso. E devem ser cobrados durante todo o mandato, não apenas em momentos de crise ou às vésperas de novas eleições.


Reconhecer um acerto não é bajular. É reconhecer o mínimo esperado. Da mesma forma, cobrar não é perseguição. É dever cívico. Uma população madura entende que fiscalização constante não atrapalha a gestão. Pelo contrário, qualifica. Só teme a cobrança quem governa com medo do espelho fora do controle.


Participar não exige heroísmo. Exige presença. Exige interesse. Exige abandonar a ideia confortável de que alguém, isolado em um gabinete, resolverá tudo sozinho. Reuniões de bairro, acompanhamento das decisões da Câmara, pedidos de informação, mobilização comunitária, debate público. Nada disso é excesso. É exercício de cidadania.


A democracia não funciona por aplausos, mas por vigilância. Não se fortalece com silêncio educado, mas com questionamento respeitoso. Não avança com resignação, mas com incômodo organizado.


Se Ilhéus anda mal, a responsabilidade começa no poder público, mas não termina nele. O futuro da cidade não será construído apenas por quem governa, mas por quem observa, cobra e se recusa a confundir vitrine com cidade.


Talvez esse seja o ponto mais desconfortável de todos. Não basta reclamar olhando de longe. Cuidar da cidade também é tarefa de quem vive nela. Ilhéus não precisa de aplausos fáceis. Precisa de presença, vigilância e participação contínua.

Secretária de Saúde de Itabuna faz palestra no 3º Congresso Baiano de Política e Gestão em Saúde

A secretária de Saúde de Itabuna, Lívia Mendes Aguiar, ministrou palestra na tarde de quinta-feira, dia 11, no 3º Congresso Baiano de Política e Gestão em Saúde, que aconteceu no campus Ilhéus do IFBA.

O evento, que tem o objetivo de discutir o compromisso das instituições com a produção científica, a formação continuada e o fortalecimento da gestão pública, reuniu gestores, pesquisadores, profissionais e estudantes interessados no assunto.

Promovido pelo Centro de Estudos em Gestão Pública (CEGESP-UESB) em parceria com o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA), a programação segue até esta sexta-feira, 12, discutindo o tema central “O ciclo de políticas públicas da promoção da saúde”.

A secretária Lívia Mendes Aguiar representou o Conselho Estadual dos Secretários Municipais de Saúde da Bahia (COSEMS-BA) no evento. Ela ministrou palestra sobre o tema “Planejamento na gestão em Saúde, na visão do município”.

“Foi um momento de debater avanços e desafios do setor por meio de um diálogo muito produtivo que contou também com a apresentação de trabalhos feitos por graduandos de cursos da Saúde e pós-graduandos em gestão em Saúde”, comentou.

A secretária também ressaltou a importância do fortalecimento da formação continuada de profissionais que atuam ou desenvolvem pesquisas na área de gestão em saúde.

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Câmara de Ilhéus dá posse à segunda turma de aprovados no concurso

A Câmara Municipal de Ilhéus (CMI) realizou, nesta quarta-feira (10/12), uma cerimônia para dar posse à segunda turma de servidores aprovados no concurso público de 2024. Foram empossadas, desta vez, as servidoras Bruna Vieira Gomes (analista de controle interno) e Adélia Fernanda Santana Souza Oliveira (analista jurídica).

Nesta segunda turma, também foi convocado um aprovado para o cargo de analista de recursos humanos, mas o primeiro lugar da lista não compareceu para a entrega da documentação. Novas convocações foram feitas e, quando for concluído esse processo, haverá mais essa posse.

A chegada da primeira turma aconteceu em setembro, quando seis servidores foram empossados. Pelo novo calendário de convocações da CMI, todos os aprovados dentro das vagas devem ser convocados no primeiro semestre do ano que vem.

Ao todo, o concurso de 2024 da Câmara de Ilhéus ofertou 19 vagas imediatas, em diversas áreas.

STF confirma: municípios podem limitar tarifa de esgoto e Embasa é obrigada a cumprir leis locais

 Após anos de batalha judicial, Supremo põe fim às manobras da concessionária e garante economia no bolso do consumidor ilheense

Decisão unânime da Primeira Turma, com trânsito em julgado em outubro, determina redução de 80% para 40% em Feira de Santana; autor de lei idêntica em Ilhéus divulga parecer e cobra aplicação imediata do precedente

O Supremo Tribunal Federal encerrou quase uma década de disputa judicial ao confirmar, em decisão definitiva e unânime, que municípios baianos têm competência constitucional para limitar a tarifa de esgotamento sanitário cobrada pela Embasa

(Empresa Baiana de Águas e Saneamento). O caso, relatado pelo ministro Luiz Fux, transitou em julgado em 17 de outubro de 2025 e determina a redução do percentual de 80% para 40% sobre o valor da conta de água — economia de 50% para os consumidores.


O precedente foi firmado no julgamento do ARE 1.542.507/BA, que tratou da Lei Municipal n° 326/2016 de Feira de Santana, de autoria do então vereador Pablo Roberto, atual vice-prefeito da cidade. A Primeira Turma do STF negou provimento a todos os recursos interpostos pela concessionária estadual, aplicando multas processuais por conduta protelatória e determinando o cumprimento imediato da legislação municipal.


A decisão tem impacto direto sobre outros municípios baianos que aprovaram legislações semelhantes. Em Ilhéus, no litoral sul do estado, o advogado e ex-presidente da Câmara Municipal, Jerbson Moraes, autor da Lei n° 4.112/2021, divulgou parecer jurídico no qual sustenta a aplicabilidade imediata do precedente ao caso ilheense.


"A identidade substancial entre os casos inequívoca. Ambas as leis possuem conteúdo normativo idêntico, a controvérsia constitucional é a mesma e a concessionária questionada é a mesma

— a Embasa. O precedente torna juridicamente indiscutivel a obrigatoriedade de cumprimento da lei de Ilhéus", afirma Moraes no documento.


Tramitação no STF


O processo percorreu longo caminho até a decisão

definitiva. A Lei Municipal de Feira de Santana foi aprovada em maio de 2016, mas a Embasa sustentou sua invalidade e manteve a cobrança de 80%, argumentando conflito com legislações federais. O caso chegou ao Tribunal de Justiça da Bahia, que em 2020 reconheceu a constitucionalidade da norma.

No STF, a Embasa teve todos os recursos negados. Em 28 de março de 2025, o ministro Luiz Fux negou seguimento ao agravo. Em junho, a Primeira Turma rejeitou agravo interno por unanimidade. Em agosto, embargos declaratórios foram rejeitados com multa de 2% por caráter protelatório.

Em outubro, novos embargos não foram conhecidos e a multa foi ampliada para 4%, com determinação de certificação imediata do trânsito em julgado.

No voto condutor, o ministro Fux foi categórico: "Fica a empresa concessionária responsável pelos serviços de esgotamento sanitário obrigada a cobrar o percentual máximo de 40% sobre o consumo de água, tarifa de serviço de esgotamento sanitário no Município de Feira de Santana".


Fundamentos jurídicos


O STF baseou sua decisão em quatro eixos centrais.

Primeiro, reconheceu a competência municipal prevista no artigo 30, incisos I e V, da Constituição Federal, que permite aos municípios legislar sobre serviços públicos locais e proteção ao consumidor. Segundo, confirmou a validade da lei municipal, entendendo que ela não viola diretrizes federais do Marco Legal do Saneamento.

O tribunal também aplicou as Súmulas 280, 282 e 356, por ausência de prequestionamento e por tratar de lei local, inviabilizando novo recurso extraordinário. Por fim,

considerou que os embargos sucessivos da Embasa foram protelatórios, resultando nas multas processuais.


No parecer divulgado, Moraes cita doutrina do jurista Celso Antônio Bandeira de Mello para reforçar o argumento:


"A modicidade tarifária é um dos mais relevantes direitos do usuário, pois, se for desrespeitada, o próprio serviço terminará por ser inconstitucionalmente sonegado". O advogado sustenta que o caso se torna "referência nacional em controle tarifário no saneamento básico".

Impacto econômico

A redução da tarifa representa alívio significativo no orçamento das famílias. Na prática, um consumidor que paga

R$ 100 de água e R$ 80 de esgoto (80% do valor da água) passará a pagar apenas R$ 40 pelo serviço de esgotamento sanitário — economia de R$ 40 por mês, ou R$ 480 por ano.

O percentual de 80% praticado na Bahia está entre os mais elevados do país. A Embasa argumenta que o valor é necessário para custear a operação, manutenção e ampliação do sistema de saneamento, mas críticos apontam que não há transparência composição proporcionalidade com a qualidade do serviço prestado.

Segundo dados da própria concessionária, apenas 58% dos imóveis de Feira de Santana contam com coleta e tratamento adequado de esgoto. Em Ilhéus, a cobertura é semelhante, o que levanta questionamentos sobre a cobrança de tarifa cheia para usuários sem acesso pleno ao serviço.


Restituição de valores


Além da redução nas contas futuras, consumidores podem ter direito à restituição de valores pagos a maior. No parecer, Moraes sustenta que moradores de Ilhéus que pagaram 80% de tarifa de esgoto desde a vigência da Lei n° 4.112/2021, em junho de 2021, podem pleitear ressarcimento com correção monetária e juros.

O consumidor que desejar cobrar o retroativo pode ingressar com ação individual na Justiça ou aguardar eventual ação coletiva sobre o tema. Órgãos como Procon e Ministério Público também podem ser acionados para fiscalizar o cumprimento da lei e intermediar acordos.



Próximos passos

Com o trânsito em julgado e a baixa dos autos ao

Tribunal de Justiça da Bahia em 21 de outubro, a expectativa é de que a Embasa implemente a redução tarifária de forma imediata nos municípios com legislação aprovada. Em Feira de Santana, o vice-prefeito Pablo Roberto anunciou que foi dado entrada no pedido de execução da decisão.

Em Ilhéus, Jerbson Moraes afirma que decisão

"fortalece a autonomia legislativa do município" e "garante uma tarifa justa, transparente e proporcional para os consumidores". O advogado cobra que a Embasa aplique o limite de 40% imediatamente, sob pena de responsabilização.

"Qualquer tentativa de descumprimento pela Embasa encontra-se contrária ao entendimento consolidado pela mais alta Corte do pais. A Lei Municipal n° 4.112/2021 entra definitivamente para a história como um dos maiores marcos de defesa do consumidor no município de Ilhéus", afirma o parecer.


ENTENDA O CASO


O que foi decidido: O STF confirmou que municípios têm competência constitucional para legislar sobre tarifas de serviços públicos de interesse local, incluindo saneamento. A Embasa é obrigada a cumprir leis municipais que limitam a tarifa de esgoto a 40%.

Processo: ARE 1.542.507/BA, relatoria do Ministro

Luiz Fux, Primeira Turma. Trânsito em julgado em 17/10/2025.

Impacto: Redução de 50% na tarifa de esgoto para consumidores de municípios com leis aprovadas.

Possibilidade de restituição de valores pagos a maior.

Municípios beneficiados: Feira de Santana (Lei 326/2016) e Ilhéus (Lei 4.112/2021), entre outros com legislação semelhante.


CRONOLOGIA DO PROCESSO


Maio/2016: Aprovação da Lei 326/2016

Junho/2021: Promulgação da Lei 4.112/2021 em Ilhéus

Julho/2020: TJ-BA reconhece constitucionalidade da lei de Feira

28/03/2025: Min. Luiz Fux nega seguimento ao agravo da Embasa

14/06/2025: Primeira Turma rejeita agravo interno por unanimidade

22/08/2025: Embargos rejeitados com multa de 2%

17/10/2025: Trânsito em julgado certificado; multa ampliada para 4%

21/10/2025: Baixa definitiva dos autos ao TJ-BA


DOCUMENTO


Leia a integra do parecer jurídico elaborado pelo advogado Jerbson Moraes sobre a aplicabilidade do precedente do STF à Lei Municipal n° 4.112/2021 de

Ilhéus (arquivo anexo)

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